domingo, maio 06, 2007

Sobre madrugadas regadas a filmes sobre amor.



Que 97% das mulheres gostam de comédias românticas, ou filmes que tenham a palavra Amor no título, já é certo e sabido. A questão é o que tanto nos atrai ?

Analisando friamente, todos esses filmes possuem uma mocinha (o) que pode ser:

~ a menina feia (o) e nerd que fica linda (o) depois de uma super transformação;

~ a desengonçada (o) e excluída (o) que sonha em sem popular, mas nunca consegue;

~ ou a super pop star famosa (o), que sonha em ser pelo menos por um tempo anonima (o).


É lógico que a história se passa em algum colégio, universidade, cidade interiorana, ou país minúsculo. E quando o romance está engrenando de vez, a farsa inicial é descoberta, sempre tem alguma mentira nessas historietas de comédias românticas, ou uma família muito rica, ou uma aposta, ou algum jogo de interesse qualquer. E quando a farsa é desmascarada, virão por ae, muitas e muitas cenas de choradeira acompanhadas de alguma música melancólica. E no final o que acontece??

O casal se arrepende dos erros, percebe que o perdão é a melhor solução, pois se dão conta da tamanha burrice que estão prestes a fazer se deixarem "O Grande Amor das suas Vidas" escorrem por entre seus dedos. Então como em qualquer conto de fadas que se prese, porque afinal uma comédia romântica, não passa de um conto de fadas moderno, o casal lindo e apaixonado, vive feliz para sempre e sempre. FIM! E que venham os créditos.


Eu sei de cara quando me deparo com alguma comédia romântica que o final será esse. Mas mesmo assim adoro ver, as vezes até mais que uma vez. Mas, na verdade o que me intriga, é essa frenética busca pelo seu par perfeito, como nos romances de filmes, que você acaba achando seu par perfeito, alma gêmea, metade da laranja, como queira chamar, na fila do mercado, num esbarrão na porta da padaria, ou na fila do banco. Mas a verdade é que essa busca no mundo real é praticamente impossível. Talvez esses filmes sirvam para acalmar nosso subconsciente, ou não, ao contrário para atormenta-lo ainda mais com a idéia de que você que está na frente da tela, talvez nunca encontre um amor como o que está diante de seus olhos com roupas e cores bonitas.

Hoje uma amiga me perguntou, quem você acha que combina comigo? E eu não soube responder. Das muitas pessoas que eu conheço, não soube dizer quem poderia combinar com ela. Continuei pensando, e ainda não achei resposta. E confesso que estou começando a achar que não há resposta pra esse tipo de pergunta. Mas, na terceira vez que ela me perguntou, eu respondi apenas, acho que você se daria bem com uma pessoa engraçada por natureza, e ela não me falou nada apenas sorriu, com aquela cara de que não era a resposta que ela estava esperando.

A que ponto chegamos, de perguntar quem ou com que tipo de pessoa combinamos. Nunca acreditei muito na tão procurada fórmula do amor, na verdade desconfio muito da existência de tal fórmula. Acho também que as pessoas deveriam se preocupar menos em procurar uma pessoa que combine com ela, e começar a ser como ela gostaria realmente de ser, e não como as pessoas queriam que ela fosse. Pois o que mais vale num relacionamento é o que a pessoa que está com você pode te ensinar, e o que ela pode aprender com você. E talvez depois de muita conversa e convivência, possa-se dizer que você achou sua tampa da panela, que as vezes pode nem ser a sua 'tampa' certa, que por mais que você tenha tentado amassar de uma lado e esticar do outro pra ver se encaixava, no final, acaba percebendo que não se pode encaixar uma tampa pequena numa panela grande demais. E que mais vale esse aprendizado de que cada um tem seu 'tamanho de tampa' do que o sentimento de frustração achando que nada valeu a pena, sendo que cada um aprendeu a cada dia a conviver com as diferenças do outro, e que pode levar esses ensinamentos por toda uma vida.

E nessa conversa entre mulheres me questionaram sobre outras coisas, pra depois afirmarem que eu faço 'gênero mineirinho' [rs!], apenas respondi, é que cansei das pessoas ficarem me questionando e comentando sobre minha vida amorosa!


Hey, garota, não fique esperando o telefone tocar
Os homens são o que são e são todos iguais
O difícil é saber quem é clone de quem








Mas que no fundo, no fundo eu adoro uma comédia romântica,


ah isso é verdade! rs!


2 comentários:

michelito disse...

simplesmente acho uma delícia ler seu blog, parece q estou conversando contigo, vc me contando... gosto do tom e a leveza que dá nisso! Pois eh... engraçado que de uma forma diferente, masculinizada [rs], pensei sobre essa mesma coisa ontem à nt. Coisa de gente carente, admito q estou assim... rs!
ótima semana pra ti!

Anónimo disse...

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